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sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Palavras e o que podemos fazer com elas

Não é incrível o poder das palavras? Olhem essa...
Encontrei essa, mais uma vez, no facebook
E fica a dica! 



quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Mini-crônica II


Um pequeno pacote

Tive um sonho essa noite: eu estava com uma pequena pá no quintal, e com ela enterrava um pequeno pacote escuro. 
Calma, calma, não estava "bulindo" com coisas ilícitas! O pacote representava o passado. E apesar da pequenez, era bastante pesado.
Ele guardava as dores. As mágoas. A vontade de não perdoar, a outro e a mim; de remoer.
Guardava também a vontade de largar tudo...
Até eu mesma me perguntei: "ele guarda muita coisa. É pesado, portanto. Porém, não é grande. Como pode?"
Somente agora, pela manhã, veio-me a resposta. 
Esses sentimentos são pesados. São duros. E, embora não se manisfestassem, ainda faziam parte de mim. Só que estavam pequenos para ficarem guardadinhos, por estarem adormecidos. Mas, mesmo pequenos, machucam. E me eram pesados, em vários sentido que a palavra pode ter. 
Daqui pouco e, mais uma vez, farei café e pegarei o jornal (que deve chegar em meia-hora). Mas eu vou aproveitar, mesmo, para acrescentar outra ação: vou enterrar, mesmo, o passado. E entrar o Ano Novo sem esse pequeno-grande pacotinho...

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Feliz Ano Novo!

Hoje iniciei a leitura do meu livro já mencionado em outro post: "A incrível viagem de Shackleton", de Alfred Lansing. Logo, logo, postarei sobre ele, e sobre muitos e muitos assuntos, principalmente para os vestibulandos! 
Por hora, só digo: aproveitem a família, os amigos, as festas! Reflitam, amem, perdoem...

Gostaria de desejar a todos um Feliz Ano Novo! 
E fica um poema de Mário Quintana. Esse fica dedicado aos meus amigos e leitores do blog (poucos, por enquanto, mas muuuito especiais). Nunca percam a "meninazinha de olhos verdes"! Ela nunca morre...

Esperança
Mário Quintana

Lá bem no alto do décimo segundo andar do Ano
Vive uma louca chamada Esperança
E ela pensa que quando todas as sirenas
Todas as buzinas
Todos os reco-recos tocarem
Atira-se
E
— ó delicioso vôo!
Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada,
Outra vez criança...
E em torno dela indagará o povo:
— Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes?
E ela lhes dirá
(É preciso dizer-lhes tudo de novo!)
Ela lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam:
— O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA...

Texto extraído do livro "
Nova Antologia Poética", Editora Globo - São Paulo, 1998, pág. 118.

(Retirado de http://www.releituras.com/mquintana_esperanca.asp)

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Que livro é você?

Olá, pessoas,


Essa tirei do facebook. Quem indicou foi a queridíssima Amanda Contieri. Mas como eu "não me contento em reproduzir o que foi dito", tem aqui o meu "jeitinho manso e detalhista".

É um pequeno quiz da revista eletrônica Educar para Crescer. São dez perguntinhas que prometem dizer "Que livro é você". O link é:


O meu deu "Carmen - uma biografia", de Ruy Castro. Deem uma olhada:





"Resultado
Ruy Castro
Foto: Rodrigo Braga

Você é... "Carmen – Uma biografia", de Ruy Castro
Boa história é com você mesmo. Adora ouvir, contar, recontar. As de pessoas interessantes e revolucionárias são as suas preferidas. Tem gente que liga para você só para saber das últimas fofocas. E confesse: com seu jeitinho manso e detalhista, você dá aos fatos um sabor todo especial. Além disso, não se contenta em reproduzir o que já foi dito. Por isso, se fosse um livro, você só poderia ser uma boa biografia, daquelas que faz os leitores deitarem na rede do fim de semana e se entregarem às peripécias de uma grande personagem. Aliás, você já pensou na profissão de repórter? Ou de escritor?
"Carmen – Uma Biografia" (2005), sobre Carmen Miranda, é uma das aclamadas biografias publicadas por Ruy Castro, também jornalista e tradutor, considerado um dos maiores biógrafos brasileiros."



Bem, eu quero ler o livro agora, hehe! Se as características não forem suas, pelo menos você tem uma indicação de leitura para as férias (por que não?).


Um abraço, e até a próxima!

domingo, 16 de dezembro de 2012

Ciência & Arte nas Férias (I)

Meu certificado


Eu estava a atualizar os meus currículos na internet nesta tarde. Daí, fui fuçar nas pastas de documentos da família, e lá encontrei vários certificados meus, de cursos que fiz ao longo da minha vida: encontrei o meu primeiro certificado de inglês; o da pré-escola; os de Ensinos Fundamental e Médio; os de provas de matemática (até eu me surpreendi por um dia ter sido boa nisso); por fim,o do "Ciência & Arte nas Férias".
Neste último me ative por mais tempo, pois vieram memórias interessantes: fora meu primeiro contato com a Universidade Estadual de Campinas, a Unicamp, na qualidade de Bolsista de Iniciação Científica do Programa de Estágio Junior e, por isso, fui, pela primeira vez, financiada pela FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo).
O Programa permite que alunos do Ensino Médio da rede pública de ensino possam fazer um mês de estágio na Unicamp, em áreas de sua escolha. Desde cedo, o aluno é incentivado a se adequar à metodologias de pesquisa e criação artística, também. Éramos transportados pelos fretados da Universidade, e almoçávamos no RU (Restaurante Universitário, nosso famoso "Bandejão").
O título do meu Projeto era "Conhecendo a aplicação da Imunogenética de Transplantes: como determina-se as compatibilidades nos voluntários para um transplante de medula óssea", sob orientação da Profa. Dra. Maria Helena Stangler Kraemer (cito-a porque ela muito se orgulha de seus "pupilos", daqueles que passaram por suas mãos). Eu queria medicina nessa época, então, caiu-me como uma luva.
Aprendi como se extrai DNA; aprendi a manusear alguns instrumentos de laboratório; aprendi sobre a medula, sobre o corpo, imunidade, compatibilidade HLA (histológica, ou de tecidos). Aprendi sobre como higienizar instrumentos de laboratórios; aprendi procedimentos de segurança enquanto se trabalha nesse local. 
Às quartas tínhamos oficinas em outros Institutos. Aprendíamos fora dos laboratórios.
Aprendi, com o Prof. Doutor Li Li Min, da Faculdade de Ciências Médicas, sobre a Epilepsia. Apesar de ser informada sobre o tema àquela época, eu confesso que tinha medo ou mesmo um certo preconceito quando o tema aparecia. Ele fez a mim e a outros alunos tudo com outros olhos. 
Aprendi, fora do laboratório, sobre artes cênicas: ao se colocar uma máscara, você deixa de ser você. Você é um personagem. E isso é levado muito à sério. 
No IMECC(Instituto de Matemática, Estatística e Ciência da Computação), aprendemos sobre sólidos geométricos. E mais outros Institutos, dos quais não me lembro...
Mas aprendi mais que conteúdos e pesquisas. Aprendi no laboratório que se luta pela vida:, e como se luta! Chorei, em casa, ao me lembrar que uma família, da região nordeste, tentava encontrar doador de medula para uma mulher, entre os familiares. De um total de 6 irmãos, nenhum era compatível. 
E os amigos? Meu amigo Jé, que tocava comigo no Instituto de Artes, logo após o almoço; a Andressa, companheira de laboratório; a Bruna, que agora encontrei no Instituto de Estudos da Linguagem (IEL); o amigo e "namoradinho" Paulo; os passeios pela Biblioteca Central; as fotos no Teatro de Arena; as risadas no Bandejão; as vezes que tomamos o Circular Interno incorreto; os passeios pela Faculdade de Ciências Médicas: nós, alunas, de jalecos, achando-se "as doutoras"...
Eu adorei a experiência, nos meus tenros 15 anos. E, naquele dia, decidi que entraria, na graduação, naquela universidade. E lá estou!
Posso dizer que, comigo, o programa cumpriu um dos papéis que se propunha a cumprir: o de fomentar a pesquisa, o de preparar para a vida universitária. 
Fiquei sabendo que muitas escolas nem mesmo divulgam o projeto aos alunos, e são elas quem devem indicá-los para o Programa! É absurdo! Penso que os professores da rede pública devem estimular seus alunos a participarem dos processos seletivos e dessa experiência, que é única!


**Sobre o Programa: http://www.prp.unicamp.br/ciencianasferias/2013/index.html

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Um livro impresso e memórias


Ontem eu estava em casa à tarde, quando me chamaram ao portão. Era uma funcionária da escola, trazendo um embrulho que receberam. Era destinado a mim.
Já imaginava o que era, pois vinha de uma determinada livraria. Abri o pacote num misto de sensações...
Era um livro, obviamente. Quando li o título dele, já sabia quem me presenteara, o que confirmei através do cartão. 
Claro, fiquei muito feliz com o presente, principalmente por quem o dera. Mas algo em mim mesma chamou a atenção: eu fiquei feliz por que ganhei um livro impresso. 
Eu posso me considerar uma semi-nativa digital: praticamente cresci  com celular, computador, a Internet, os videogames e mais recentemente, os tablets. E principalmente após a interação com esse último, minha relação com livros se modificou. Até ontem todos os meus atuais livros eram e-books, ou seja, livros digitais. 
Tenho uma "estante de livros" repleta deles, salvos na memória física ou em plataformas digitais, como blogs, e sites. Carrego qualquer livro comigo, para qualquer lugar, numa pequeno instrumento de apenas 8 polegadas de tela e alguns gigas de memória. Há outra vantagem: há muitos e-books gratuitos na Internet, e outros tantos muito mais baratos do que os livros impressos. Eu não preciso ficar esperando o livro chegar pelo correio: pago e já faço o download. E eu posso ler no escuro, por conta da luminosidade da tela, outra vantagem que eu chamaria de "técnica". O conceito de hipertexto aqui se faz presente: se tenho problemas com o léxico, ou o livro remete a algum conceito desconhecido por mim, imediatamente abro uma outra página na web, e já pesquiso. Sinto uma espécie de liberdade, pois leio como quero, na ordem em que eu quiser.
As "leituras de cabeceira" nunca mais foram as mesmas, além de se tornarem mais frequentes. Foram reconstruídas.
Porém, há algo nos livros impressos que não há nos digitais. Penso em algo intrínseco e dos sentidos. 
No digital, eu sinto o aparato que utilizo para ler o livro (tendo sinto como simplesmente tátil). O visual também é contemplado. No impresso, eu "sinto": eu toco o livro, também, mas sinto mais. Eles não contemplam somente o visual: o folhear das páginas contemplam o tátil; o cheiro de livro novo, ou o cheiro daquele seu livro contemplam o olfato A presença dele é como se fosse a de um companheiro, um amigo. E nesse ponto, sinto-o como se falasse comigo. Logo, como se todos os sentidos fossem contemplados, mesmo.
Nada se compara à sensação do término de uma leitura bem-sucedida. Aquele simples movimento de fechar o livro e em que, em seguida, você contempla o nada, com o livro entre as mãos, a refletir e a se despedir da leitura na qual esteve imerso.
Então, foi por isso que me senti deveras alegre com o meu presente. Primeiramente, foi como se eu tivesse ganhado um afago, um carinho, afinal o recebi de um amigo muito especial. Depois, as memórias das sensações e da contemplação de todos os sentido me vieram. Por fim, o novo companheiro: o próprio livro.
O livro se chama "A incrível viagem de Shackleton", de Alfred Lansing. Não darei detalhes dele agora, mesmo porque eu ainda não iniciei a leitura, e não quero falar do que me disseram, e sim do que eu vou construir e reconstruir sobre ele. Mas só pelas memórias e sentimentos evocados, já sinto-me muito bem... E estou pensando em re-reconstruir a minha "leitura de cabeceira". 
Regressão? Não. Mesmo tão adepta das TICs (Tecnologias da Informação e Comunicação), simplesmente não posso extinguir o livro impresso da minha vida...
Abraços!

** Sobre a transposição de textos impressos para o meio digital, encontrei um texto muito legal, de Giovana  Caires Mota (UEL). Segue o link:


sábado, 8 de dezembro de 2012

As variações regionais



Vi isso no facebook. Um colega compartilhou a foto. Os nomes deles variam de acordo com a região. Como  chamam esses sorvetinhos no lugar onde você mora? Como você os chama???




domingo, 2 de dezembro de 2012

Mini-crônica


Hoje eu vou postar uma pequena reflexão que escrevi sobre algo que eu não dava importância antes...

Comer à mesa

Durante muito tempo, e até nos tempos de "namocasamento", na hora das refeições, eu comi à frente do computador ou da televisão. Eu não sentia o sabor da comida, eu não curtia o prazer e a satisfação que ela traz. Interessavam-me, nessa hora,  o que estava acontecendo no facebook, ou mesmo o que acontecia no programa de televisão X.
A minha mãe comia na cozinha. Pai, irmã, namorado e eu íamos para a frente da TV ou computador. Não que nós não nos reuníssemos para comer à mesa nunquinha,  mas geralmente era num domingo ou outro. Mas tão, tão pouco...
Hoje, a minha mãe não está em casa. Certo que isso é temporário... Mas quantas e quantas oportunidades desperdiçamos nós de estarmos todos reunidos, comendo juntos, rindo, conversando, desfrutando um momento que tanto satisfaria o físico, pela sensação de estar alimentado, quanto o psicológico / emocional?
Não como todo dia à mesa ainda, confesso. Mas, às vezes, quando levo o prato para a sala, lembro-me da minha mãe. E, daí, volto para a cozinha. 
Ela vai voltar logo, sei disso. E acho que, depois que voltar, minha família sempre, sempre estará à mesa. Comendo juntos. Compartilhando comida e alegria. E estenderei isso aos meus filhos, e esses, aos filhos deles...

Aline.